Olá, Vestibulando, tudo bem?
Esta é a coluna que escrevo especialmente pra você todas as sextas-feiras. É a nossa oportunidade de termos uma conversa mais pessoal sobre o que está acontecendo por aí e o que tudo isso significa pra você. Espero que você goste!
Na semana passada, falei sobre a pandemia, Enem, abstenções, Inep, o que esperar de 2021 e onde você entra nisso tudo. O que me deixou contente foi que muita gente me respondeu e disse o quanto esse e-mail foi importante neste momento tão conturbado!
Para hoje, gostaria de desenvolver um pouco a ideia do “ser protagonista” de que falei na semana passada. Com isso, vamos deixar nosso plano para 2021 ainda melhor, o que significa que suas chances de sucesso também vão aumentar consideravelmente.
O negócio é o seguinte: todo ser humano tem sonhos. Alguns são grandiosos, como ser o presidente da República ou de uma grande empresa e mudar o país (para melhor, assim esperamos!); outros são mais “pé no chão”, como ter uma boa profissão, uma família e uma casa própria.
Você pode sonhar acordado o quanto quiser e imaginar esses futuros possíveis. Todo mundo tem esses momentos! O problema é que a grande maioria para por aí – na imaginação, no sonho – e pouco faz para transformar esses sonhos em realidades concretas.
Gostaria de propor um mecanismo simples para você realizar seus sonhos. Isso é feito em duas fases e vai ser muito útil na sua vida daqui em diante. Vamos lá:
Fase 1: transformando sonhos em objetivos
Antes de mais nada, você precisa encarar o sonho como o destino final. Ele é o estado onde você quer chegar, e, por isso, não inclui automaticamente um “manual de instruções” sobre como chegar lá!
Suponha que seu sonho seja viajar o mundo e conhecer 100 países em 10 anos. Muito bem! Só que para viajar o mundo e conhecer tantos lugares assim, você precisa de bastante dinheiro. Para conseguir esse dinheiro todo, você precisa de um emprego muito bem remunerado ou de uma empresa própria que esteja indo muito bem. Para isso, você precisa de uma educação superior sólida em uma universidade de bom nível. Para chegar lá, você precisa conquistar uma vaga (vestibular/Enem).
Logo, na sua realidade atual, de estudante, o primeiro objetivo a conquistar para alcançar o sonho de ser alguém que viaja o mundo é passar no vestibular.
Fase 2: transformando objetivos em um plano
Pois bem… “passar no vestibular” não é exatamente uma tarefinha que você coloca no papel e risca quando estiver cumprida. É um nobre objetivo que, sem um direcionamento adequado, pode ele mesmo se converter em sonho… e aí a coisa começa a regredir!
Na fase 2, você quer transformar o objetivo em um plano. O objetivo é a tarefa cumprida; o plano, o caminho que permite que você chegue lá.
Você quer que seu plano seja detalhado. Seguindo nosso exemplo: para passar no vestibular (estou chamando de “vestibular” qualquer processo seletivo, o que naturalmente inclui o Enem), você precisa estudar mais e melhor, com regularidade, e vencer a cada dia suas dificuldades nesta ou naquela matéria.
O seu plano precisa incluir uma agenda semanal de estudos, em que as matérias são divididas por dias da semana para que você não se sobrecarregue.
Por exemplo:
Segunda: matemática, redação (inclui escrita de uma dissertação inteira)
Terça: história, física
Quarta: geografia, biologia
etc.
Uma vez estabelecido o plano, você deve segui-lo criteriosamente até o fim, fazendo ajustes sempre que preciso. O que importa muito aqui é a regularidade. Se você seguir o seu plano por tempo suficiente, vai alcançar resultados que nunca imaginou que fossem possíveis.
Isso acontece porque mesmo as pequenas ações têm um efeito cumulativo (bom ou ruim). Comer fast food todos os dias tem o efeito cumulativo ruim de debilitar a sua saúde ao longo dos anos. Estudar com qualidade todos os dias tem um efeito cumulativo bom de propiciar sua aprovação na Universidade.
Aqui está um exemplo de como pequenas ações têm um efeito cumulativo grande, mesmo que às vezes sejam custosas:
Objetivo: ser um engenheiro bem remunerado (para poder viajar o mundo!!)
Problema: fujo da matemática porque me parece difícil
Plano de ação focado no “agora” e no efeito cumulativo dos meus esforços:
Daqui a 7 anos, você não vai mais se lembrar do quão doloroso era estudar matemática e vencer os conceitos mais difíceis. Entretanto, essa pequena ação, repetida com frequência, teve um efeito cumulativo que resultou na melhoria progressiva das suas habilidades, na conquista da vaga na Universidade, na graduação, na obtenção de um emprego bem remunerado e, por fim, no estilo de vida que você queria ter.
Não foi só a matemática. O hábito de encarar de frente os desafios que você sempre adia vai beneficiar também outras disciplinas. Você vai vendo que o esforço tem suas recompensas e que vale a pena dedicar todas essas horas.
Leia, releia e memorize o que vou dizer agora:
Você superestima o que pode fazer em 1 semana e subestima o que pode fazer em 1 ano.
Para usar o nosso exemplo: 1 semana é pouquíssimo tempo pra você resolver sua implicância com a matemática… mas em 1 ano você pode se tornar uma pessoa que se sente confortável resolvendo problemas de matemática – desde que tenha esse esforço consistente de encarar os números.
Bom, agora você já sabe que precisa estabelecer objetivos bem claros para o seu futuro. Mas lembre-se: um objetivo sem um plano é só um sonho. Sonhos não viram realidade sozinhos. Comece a criar planos e colocá-los em ação. O seu “eu” do futuro agradece.
Obs.: você gostou do texto de hoje? Gostaria de ouvir sua opinião! Comente aqui embaixo.
Um abraço,
Prof. Alexandre
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