Olá, vestibulando!
Você pode ver aqui um velho e simples infográfico que mostra como estruturar um bom projeto de texto. Porém, é importante complementá-lo quando se trata do modelo ENEM.
O ENEM possui características de um vestibular cidadão: provas baseadas em interpretação de texto (visando o ingresso de alunos com piores condições de ensino, mas com dedicação e estudo), disponibilização de vagas e cursos em todo o país, acesso à prova e às notas, além da menor taxa de inscrição e facilidade no pedido de isenção. Obviamente que a redação também traria esta característica.
Sendo o primeiro processo seletivo a pedir a proposta de intervenção, incita o aluno a refletir os problemas do seu país, muito além do que os grandes noticiários discutem, e refletir propostas que os solucionem. No entanto, esta proposta não pode ser inocente, e sim uma reflexão coerente de que qualquer problema possui pelo menos três responsáveis: governo, sociedade e indivíduo.
Assim, toda a sua redação deve refletir um julgamento crítico sobre os problemas e as propostas. Não adianta apenas “por a mão na consciência” nas últimas linhas do seu texto, é preciso que todo o seu texto reflita a sua conscientização sobre o tema e que você perceba que conscientizar não é uma proposta concreta e que de fato não resolverá ou amenizará a questão.
Dessa forma, a estrutura mínima que se espera no ENEM é a seguinte:
INTRODUÇÃO: contextualização do assunto e tese
A introdução é o momento que você tem para contextualizar o assunto, é onde você pode colocar contextualização histórica, por exemplo. Lembre-se: fatos históricos são bem-vindos na introdução, para contextualizar o assunto, mas não são bons como argumentos, uma vez que refletem um problema do passado e seu tema quer discutir um problema do presente.
Sua tese pode vir marcando algumas (ou todas) as propostas que você trará depois. Lembre-se: a tese é a ideia que você defende durante o seu texto e o ENEM quer que você defenda propostas de intervenção viáveis, logo trazer propostas como tese é ótimo. Além disso, você já conquista o seu corretor, pois ele já vê desde a introdução que há uma preocupação do aluno em discutir propostas para o problema.
DESENVOLVIMENTO: apresentar e discutir os problemas
É o momento de apresentar os problemas de forma crítica, você pode enriquecer trazendo casos reais, filmes, livros e músicas que reflitam o problema. Ir além da coletânea traz o diferencial para o seu texto, mas se pintar um tema que você não domina e nunca leu sobre, não fique nervoso! Resuma brevemente cada texto da coletânea e transcreva com as suas palavras, é melhor tirar 120 (se você parafrasear bem poderá atingir o 160) do que fugir ou tangenciar o tema.
Lembre-se: você só deve trazer problemas que consiga resolver. Se trouxer três problemas deve trazer três propostas. Se trouxer mais problemas do que propostas (ou o inverso) perderá nota de coerência (competência 4).
CONCLUSÃO: proposta de intervenção
A maioria das redações trazem a proposta de intervenção no final. Este é o lugar mais esperado, mas não é o único. No entanto, a primeira preocupação do aluno é trazer propostas que resolvam todos os problemas discutidos. Lembre-se: no projeto de texto você deve esquematizar o mesmo número de propostas e de problemas, ou ainda uma proposta que resolva dois problemas etc. O que não pode ter é proposta sem problema e o inverso.
Para colar na parede e seguir:
Introdução >>> Problematização >>> Propostas de intervenção
No próximo texto iremos mostrar todos os tipos de propostas que podem existir. Fique atento!
Bons estudos,
Profa. Priscila
gostei da explicao